A arte da simplicidade é coisa rara de se ver hoje em dia. O que dizer então de simplicidades feitas de papel... Pra você ver que o bonito está na delicadeza de ser simples, olhe o que as artistas Bia Alcântara e Esther Ramirez (respectivamente), do blogs Ora Bolas e Essimar fazem para nos inspirar:
Quadro 'a menina e os pássaros', feito de recortes, colagens, desenhos (Ora Bolas)
Corações de papel (Essimar)
Cartões (fantásticos!) em recortes de papel (Essimar)
Hoje lembrei que ainda não tinha criado a arte para o Círio desse ano. Como estava sem nada para fazer no escritório, aproveitei para desenhar a santinha. Vejam o processo e o resultado final.
Me inspirei em imagens barrocas para o desenho e fiz como um mosaico, separando cada parte da figura por linhas vasadas; Já o 'Photoshop' ajudou na edição e efeitos...
...até chegar ao resultado final, que particularmente, gostei muito.
Vocês poerão encontrar as camisetas do Círio 2010 disponíveis na Loja Colabora a partir do dia 1 de Outubro, ou na 2ª Edição do Outlet-Moda com Desig, na FAP, de 05 a 08 de Outubro.
Hoje em dia é muito comum vermos nas roupas ombros marcados, brilhos, cores fortes e exageros em geral, tendências que fazem parte do revival dos anos 80 (olha ele ai de novo!). Contudo há uma outra tendência que chega forte, pegando carona na sequência de décadas, e confirmando que a moda é mesmo cheia de extremos e contradições. Estou falando do minimalismo.
A tendência minimalista traz uma silhueta enxuta, cartela de cores neutras, linhas de alfaiataria sofisticadas e arquitetônicas, se destacando justamente porque traz para a moda e o mundinho fashion os seus alicerces: forma, acabamento e modelagem.
O minimalismo foi um movimento típico dos anos 90 que ganhou ares te tendência mais inovadora das últimas temporadas por pregar essa limpeza visual. Mas o seu retorno não é de agora, desde 2005 vêm aparecendo peças mais clássicas e de modelagem mais justa nas passarelas.
Atenção somente para você não exagerar e compor um visual chato e monótono demais. Aposte nas roupas com texturas e peça com silhueta ajustada em cores fortes, que atualiza e deixa a produção mais interessante. Agora se você é praticamente uma 'árvore de Natal' e vive cheia(o) de múltiplos acessórios, esqueça! No minimalismo, menos é mais!
A minha primeira opção para a nova coleção eram os anos 80. Hoje, depois de tanta coisa que nos empurraram sobre essa época nos últimos meses, me sinto um pouco repetitivo em continuar com a idéia. Por isso resolvi optar por uma misturinha básica, uma diversidade de estilos, partindo do princípio que até a metade da década de 90, o exagero dos anos anteriores ainda influenciou a moda.
Então em Dezembro espere jeans, xadrex, minimalismo, looks esportivos, cores fluor, listras e muitas novidades na EUQFIZ.
Vamos deixar uma coisa bem clara primeiramente: odeio Fiuk, Restart, Justin Bieber e qualquer um desses 'coloridos-sem motivo' que andam (infelizmente) por aí. Mas uma coisa é certa, a calça vermelha que estas pessoas usam e abusam, é um item que tenho visto bastante por aí. Na verdade esta peça tinha tudo para ser um clássico quando surgiu lá pelos tantos da década de 90 (eu mesmo tive uma bermuda dessa cor), só que não era todo mundo que tinha coragem de usar, muito menos capacidade de montar um look legal. Hoje, no entanto, a história é outra...
Isso não significa que você vai pegar sua calça e sair montado de menudo por ai. É preciso coerência e bom gosto, o que com certeza aqueles rapazes citados no início do post não têm. Tá bom! Parei com a implicância...
A calça vermelha fica muito bem com certas cores chaves como azul marinho, cinza e preto, assim não tem erro na hora da combinação.
O nude, apesar de estar em certa queda comigo, foi uma surpresa na combinação. Principalmente se for uma blusinha básica e solta com uma calça de couro vermelha mais justa. O dourado com nude fica bem para usar na noite com um belo salto.
Uma coisa é mais do que certa agora pra mim: a calça vermelha, seja para incrementar o look, básica, confortável ou mais fashionista, e desde que usada com bom senso (viu Restart!), já é um item que pode com certeza fazer parte do seu armário.
Assim que assisti ao filme-global-badalado-do-momento, 'Nosso Lar' , quiz fazer este post. Demorei até demais para fazê-lo, pensando a respeito do que tinha acabado de ver. Quando vi o primeiro trailer do filme fiquei surpreso pela qualidade das imagens e feliz pelo cinema nacional fugir do eixo favela-tráfico de drogas. O resultado final nas telas, porém, é bem diferente do que imaginei. Nosso Lar não funciona como filme, é equivocado do começo ao fim.
Pra começar temos uma trama de redenção batida e sem nenhum mérito que a diferencie das demais. Pelo contrário. O filme peca pelos exageros e pela falta. Proporcionalmente. Exagero na trilha sonora (feita inclusive pelo renomado Philip Glass de As Horas), nos cenários que beiram o mal gosto, nos efeitos especiais. E falta de um roteiro mais consistente, de uma edição coerente, de atores mais bem dirigidos (os diálogos são meras frases soltas para dar alguma informação) e principalmente, que era onde queria chegar, de um figurino que a gente tenha vontade de usar quando passar dessa pra melhor.
Porque vamos deixar uma coisa bem clara agora: quem disse que roupas do além precisam ter aqueles trecos esvoaçantes, aqueles túnicas hippies e aqueles penduricalhos horríveis que as mulheres usam na cabeça? É brega demais gente! Até a novela das seis da Globo é bem melhor nos figurinos e cenografia...
É uma pena de fato. Os produtores tinham tudo para caprichar, mesmo diretor de fotografia de 'O Dia Depois de Amanhã' e cenas com efeitos especiais feitos pela produtora de 'Watchmen', e parece que a lição foi feita ao contrário. Prova de que um filme modesto, mas bem feito e dirigido, seria bem mais agradável de assistir. Muita gente choramingou no cinema e não entendi. Ou devo estar exigente demais, ou as pessoas estão extremamente carentes que já engolem qualquer coisa. Mas isso é uma outra discurssão...
Só torço por uma 'evolução' cinematográfica pra esse povo que fez o filme, afinal, teremos uma continuação (!!!) por ai. Agora por favor, chega de subestimar nosso bom gosto, não quero passar minha vida eterna usando nude, branco e cinza.
Mil desculpas pelo atraso com as fotos da temporada de desfiles em NY. De tão envolvido que fiquei na criação e confecção das novas camisetas, acabei perdendo a noção do tempo e dos eventos. Mas nunca é tarde para ver, principalmente se for Marc Jacobs desfilando seu caldeirão de referências para o verão 2011. De modelos com frizados cabelos ruivos e um 'que' de Jodie Foster em Taxi Driver, passando pelas estampas étnicas (Yves Saint Laurent), transparências e cartela de cores que mistura rosas, amarelos, violetas e tons terrosos, podemos ver a predominância dos anos 70 na coleção. Promete ser mais um sucesso no currículo do estilista.
A coleção de Oscar de La Renta não economizou nos tecidos e trouxe luxuosos modelos de noite, que contaram com amplas saias estilo anos 50, flores bordadas e estampadas, e muitos metros de tule. O estilista mostrou ainda modelos diurnos, além de tailleurs a la Chanel e macacões em tons lavados.
O termo acima resume perfeitamente a última edição do Vídeo Music Brasil, realizado no último dia 16. E como não poderia deixar de ser: prêmio sem noção = roupa sem noção. Confira as pérolas:
A Banda Restart (quem?) foi a grande vencedora e vaiada da noite. Tudo bem, eu até acho que esse estilo anos 80 teve seu momento de fama, mas para isso (e para qualquer coisa na vida) você deve ter o mínimo de estilo e personalidade, o que não é o caso dos garotos 'queremos-ser-fashions-e-famosos-de-qualaquer-jeito' da foto acima. Eles sem dúvida são o primeiro nível sem-noção da noite.
Seguindo em ordem crescente a nossa singular pesquisa, temos Sabrina Satto num curtinho brilhante e carnavalesco (me perdoa André Lima!); Larissa Riquelme seguiu a linha e meteu uma imitação de espartilho dourado (combinando com o sapato), que foi uma tragédia. E o que dizer da Penélope? Tão modernosa e descolada, fazendo a linha piriguete over.
No penúltimo nível-sem noção, começamos com Marina Person e seu complicado look de cintura alta verde (?), blusa com transparências (??) e cinto dourado (???); Malu Magalhães querendo ser fina e velha num nude sem graça; Já a Sabrina Parlatore quase acertou com um pretinho de paêtes com renda e marcação na cintura. Ainda assim, poderia ter sido melhor a experiência.
E pra dizer que não teve ninguém que se esforçou um pouco, temos as beldades acima. Carol Ribeiro surgiu com um look rocker: wet legging, boot e luvas de couro (desnecessárias pra mim); Sandy não consegue deixar de lado o rótulo de mocinha sem graça (e nem se esforça!), colocando um vestido nude (nãããão!) com acessórios dourados e bolsa cor de uva (?); Marina Santa Helena (?) poderia ter deixado o cinto em casa e ter sido mais feliz.
Ainda existem aqueles casos à parte, que não se encaixam em nenhum nível anterior, tamanha a sua inexplicável falta de noção (e vergonha!): Por exemplo a MariMoon, que parecia mais um cosplay de alguma sailor moon.
Ou a Valesca Popozuda (??), que prometia ser uma versão tupiniquin da Lady Gaga na troca de figurinos e ficou só na vontade. Mas você esperava o que?
Roberto Justus foi a vergonha masculina da noite com sua calça jeans surrada e 'suuper combinando' com a a parte de cima. Sem falar o botão aparecendo por baixo do cinto. Brrr!
Por isso que, entre mortos e quase mortos, fico mesmo com a Palmirinha, que além de ter feito o maior sucesso na noite, tinha o mais importante: coerência para se vestir.
O lançamento das novas camisetas 'EuQFiz', que seria esse fim de semana lá na nossa lojinha, infelizmente ficará para o dia 1° de Outubro. Por motivos técnicos e atrasos de alguns fornecedores, as camisetas não ficaram prontas à tempo. Mas dia 1° estarão prontinhas esperando por vocês. Enquanto isso confira as novidades-relâmpago disponíveis na loja este fim de semana.
Pensava em fazer posts com entrevistas há algum tempo aqui no blog. E para minha alegria, começo este espaço (com pé direito) trazendo a super talentosa Carine Castro, mineira de Belo Horizonte que criou a marca 'NAMOSCA'. A brincadeira, que começou com um presente para o namorado, se tornou trabalho sério, e o resultado é uma linha de camisetas que são todas (eu disse todas!) pintadas à mão (atenção de novo, é à mão mesmo!), e que acaba de completar um ano. O namorado sortudo, Marcel, também entrou no negócio e hoje cuida do blog e de toda parte de marketing. O trabalho de Carine é daqueles que merece ser visto e reconhecido, pelo seu cuidado, dedicação e principalmente muita, mas muita, paciência.
Carine e Marcel fazem a arte NAMOSCA. Na foto, Marcel usa a primeira camisa pintada por Carine para a marca.
EQF:Como e quando nasceu a NAMOSCA?
NAMOSCA: Em 2009 quis presentear meu namorado com uma camisa dos Beatles, procurei muito mas não encontrei nenhuma que realmente me agradasse, nem em loja e nem na internet, então resolvi comprar uma lisa e pintar a estampa eu mesma, com certo receio pois pintar era um hobby deixado de lado pelo tempo. Pra minha surpresa ele adorou, começou a usar a camisa sem parar e as pessoas foram perguntando, pedindo, até o momento que vimos a necessidade de criar um blog e assumir a brincadeira como um trabalho.
EQF: Como surgiu a idéia para o nome?
NAMOSCA: Eu sempre quis trabalhar com artes, principalmente desenho e pintura, mas não me imaginava pintando quadros ou coisa do tipo, queria que meus trabalhos tivessem outro movimento mas não sabia exatamente como. No meio da empolgação de ver os pedidos aumentando e as pessoas cada vez mais curtindo meu trabalho, que antes era meio que um segredo meu (rs) eu pensei “acho que agora eu acertei na mosca”, ou seja, era a oportunidade que eu esperava pra poder exercitar esse lado de uma forma mais minha cara mesmo, daí quando veio o blog não tive dúvida quanto ao nome.
EQF: A sua formação profissional teve influência sobre seu trabalho?
NAMOSCA: Não tenho formação em artes plásticas, fiz alguns cursos de desenho artístico mas nunca tive paciência pra concluir nenhum pois não conseguia me encaixar naquele perfil, (rs). Desenhar pra mim sempre foi um prazer então preciso de liberdade pra lidar com ele. Tenho buscado fazer as coisas de forma que daqui a um tempo possa viver só desse tipo de trabalho.
EQF: Qual foi a primeira peça criada?
NAMOSCA: A camisa Beatles Cartoon I, uma das primeiras postadas no Blog, que foi a que fiz pro meu namorado.
EQF: Quais as principais fontes de inspiração para a criação das camisetas?
NAMOSCA: Eu adoro quando pedem estampas relacionadas ao cinema, sempre que penso em criar alguma essa é a primeira vontade que vem, mas como atendo a pedidos diversos já deu de tudo, de santo a desenho infantil, então acho que a inspiração vem mesmo do prazer de ver a coisa tomando forma, do desafio de fazer o melhor.
EQF: O que você mais utiliza para a confecção das camisetas NAMOSCA?
NAMOSCA: Só os básicos mesmo, marcador de tecido, que é uma espécie de carbono usado pra costura, o bastidor pra prender a malha, pincel e tinta.
EQF:Qual o processo de confecção das camisetas? É tudo feito à mão livre mesmo?
NAMOSCA: É bem artesanal, no blog colocamos as fotos das etapas pras pessoas acompanharem justamente isso. Passo o desenho pra malha com o marcador de tecido, detalhe por detalhe a mão com uma caneta, feito isso prendo no bastidor pra esticar e poder pintar, como uma tela, tudo a mão livre mesmo.
EQF: Como você define o estilo da NAMOSCA? A quem ela se destina?
NAMOSCA: A grande maioria dos trabalhos desenvolvidos são nos temas cinema e música, então acho que tem muito disso na NAMOSCA e é uma linha que eu adoro e quis seguir desde o início, mas como disse a pouco, já fiz camisas de estampas tão diversas que não poderia limitar o público a essas pessoas. Cada um pede a sua do jeito que quiser, santo, desenho animado, banda, se destina a quem quer realmente diferenciar e ter uma camiseta com a sua cara.
EQF: Quais as principais dificuldades para executar este trabalho tão minucioso?
NAMOSCA: Tempo, sem dúvida. Nem se eu quisesse conseguiria ter uma produção em grande escala fazendo pinturas a mão, por isso a exclusividade da NAMOSCA acaba sendo também um diferencial.
EQF: Já participou ou realizou algum desfile? Você tem uma loja própria da marca ou vende apenas pela internet?
NAMOSCA: Ainda não participamos desse tipo de evento, até mesmo porque não ficamos com material em estoque praticamente, teria que ser uma coisa bem planejada. A internet tem sido o “QG”, mas também o boca a boca funciona bem.
EQF:Como você encara esse mercado de camisetas hoje em dia no Brasil? Dá pra viver de moda?
NAMOSCA: Eu tenho visto coisas bem legais por aí, conheço outras pessoas que estão no meio e acho que tem sempre lugar pra mais um, contando claro que venha com uma proposta bacana e um diferencial interessante, afinal camiseta todo mundo usa e acaba sendo uma forma de expressão mesmo de cada um. Quanto a viver só de moda... vou ser confiante e dizer que sim (rs), acho que sim, tem que ter paciência e trabalhar muito eu sei, mas pretendo chegar lá!
EQF: Quais seus planos daqui pra frente em relação a NAMOSCA?
NAMOSCA: Nossa, muitos! (rs) já estamos trabalhando em um site novo, colocar venda no cartão de crédito, buscando novos modelos de camisetas pra sair um pouco do básico, colocar peças para pronta entrega, enfim, continuar trabalhando e aprimorando cada vez mais, até onde estivermos felizes!
*Um obrigado especial à Carine pela sua paciência e disposição em responder às perguntas e os emails. Vida longa a sua arte!